Quem sou eu? Por que estou aqui? De onde eu vim? Para onde vou? As respostas aos grandes mistérios da vida podem ser encontradas através da compreensão do Plano de Salvação. O Plano de Salvação é um mapa que nos responde de onde viemos e para onde vamos. Os Mórmons acreditam que Jesus Cristo tem um papel central e vital no Plano de Salvação.

O Plano de Salvação é algumas vezes chamado de Plano de Progresso Eterno. E Deus tem um proposito central neste plano.

Pois eis que esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem. (Pérola de Grande Valor, Moises 1:39)

A imortalidade vem através da ressurreição; todos os homens serão imortais, porque a ressurreição é um dom gratuito concedido pela expiação de Cristo. A vida eterna, entretanto, é um pouco diferente. É a vida que Deus vive e inclui conhecimento, poder e gloria no mais alto dos céus, onde Ele mesmo vive.

Deus, ao ensinar, Seus profetas, deu a eles a seguinte explicação de “inteligência”.

Não obstante, ele fez a maior estrela; assim também, se houver dois espíritos e um for mais inteligente que o outro, esses dois espíritos, não obstante um ser mais inteligente que o outro, não tiveram princípio; eles existiam antes, eles não terão fim, eles existirão depois, pois são gnolaum, ou seja, eternos.

E o Senhor disse-me: Estes dois fatos realmente existem, que há dois espíritos, sendo um mais inteligente que o outro; haverá um outro mais inteligente que eles; eu sou o Senhor teu Deus, eu sou amais inteligente que todos eles. (Pérola de Grande Valor, Abraão 3:18-19)

Deus conhece todas as coisas e é todo poderoso e amoroso. Ele disse:

Eu habito no meio de todos eles; agora, portanto, desci até ti para anunciar-te as obras de minhas mãos, pelas quais minha sabedoria supera todos eles, pois reino nos céus acima e na Terra abaixo, com toda a sabedoria e prudência, sobre todas as inteligências que teus olhos viram desde o princípio; desci, no princípio, no meio de todas as inteligências que viste.

Ora, o Senhor mostrara a mim, Abraão, as inteligências que foram organizadas antes de o mundo existir; e entre todas essas havia muitas das nobres e grandes; (Pérola de Grande Valor, Abraão 3:21-22)

Em nossa vida pré-mortal, éramos todos espíritos criados por Deus, e, portanto, Deus o Pai é literalmente nosso Pai nos céus. Possuíamos uma personalidade e arbítrio. Se permanecêssemos ali, nosso progresso seria interrompido. O Senhor então criou um plano onde poderíamos obter um corpo físico, ser provados e aprender compaixão, e então obter um corpo imortal. Ele nos enviaria a terra para experimentar a mortalidade. Para que fossemos testados e aprendêssemos, e exercitássemos nosso arbítrio, permitindo que existisse oposição.

Na verdade, existia oposição até no mundo pré-mortal, Deus sabia que na mortalidade nós cometeríamos erros e pecados, nos fazendo impuros de retornar a Ele e herdar um reino de gloria. Ele proveu um Salvador para nós, disposto a tomar sobre si nossos pecados, se nos arrependêssemos. Esse foi Jesus Cristo, o Filho de Deus, o primogênito entre os espíritos e o mais inteligente e poderoso. Lúcifer ofereceu um plano alternativo que nos forcaria a viver de acordo com a lei de Deus, que nos privaria de nosso arbítrio e daria a gloria a ele mesmo (Isaias 14:12; Doutrina e Convênios 76:26). Lúcifer foi lançado a terra, com um terço dos filhos espirituais de Deus – que apoiaram o plano de Lúcifer. Eles se tornaram Satanás e seus demônios, e nunca obterão corpos físicos ou serão ressuscitados. Eles proveem a oposição na terra, dando ao homem o poder de exercer seu arbítrio. Todos aqueles que nascerem nesta terra escolherem seguir o plano do Senhor e apoiar o Salvador.

Deus criou Adão e Eva dando a eles dois mandamentos conflituosos. Ele fez isso, porque eles habitavam em um estado paradisíaco. Sem os maiores desafios do mundo solitário e triste. O Jardim do Éden era um estado estático e pacifico, sem morte, mas também sem nascimentos. Enquanto permanecessem ali Adão e Eva, nenhum outro filho espiritual de Deus nasceria na terra. Ao participarem do “fruto proibido” foram expulsos do jardim, e se tornaram capazes de multiplicar e encher a terra.

E para cumprir Seus eternos propósitos em relação ao homem, depois de ter criado nossos primeiros pais, e as bestas do campo e as aves no ar, e por fim, tido o que foi criado, era necessário que houvesse oposição; mesmo o fruto proibido em oposição a arvore da vida; um sendo amargo e o outro doce (2 Néfi 2:15).

E Eva, sua mulher, ouviu todas essas coisas e alegrou-se, dizendo: Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido semente e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes. (Moisés 5:11)

Os Mórmons acreditam que Adão e Eva eram um dos mais nobres filhos espirituais de Deus, preordenados para suas posições terrenas antes de o mundo ser criado. Os Mórmons não acreditam no pecado original. Nossa doutrina são que os bebes nascem inocentes. Cristo tomou sobre si a transgressão que ocorreu no jardim do Éden, e não tem qualquer efeito sobre os filhos dos homens. A Queda foi uma parte essencial do Plano de Salvação.

Para vencer os efeitos da Queda, que os homens e mulheres estão sujeitos em um mundo onde Satanás tenta destruir a humanidade, Cristo operou uma expiação eterna e perfeita, que garante a ressurreição e a imortalidade a todos e a exaltação para aqueles que se arrependem. A expiação de Cristo é o acontecimento crucial na história da terra. Por causa da expiação todos serão ressuscitados e os que se arrependerem serão exaltados. A misericórdia de Cristo se aplica a todos. Apenas aqueles que negam a Cristo, após ter recebido um perfeito conhecimento Dele vão deixar de herdar um reino de glória.

A morte é o portal para a vida futura. Na morte, o espírito e o corpo são separados, e o espírito vai para o mundo espiritual para aguardar a ressurreição. No mundo espiritual, eles ainda têm o arbítrio, a capacidade de aprender, e a alegria das relações com as pessoas que amavam. “Felicidade” é a palavra que os profetas modernos têm utilizado. No mundo espiritual, o verdadeiro evangelho é pregado para qualquer um que não tenha ouvido falar dele, ou que foi enganado na terra. Ordenanças realizadas por procuração na terra podem ser aceitas ou rejeitadas pelos espíritos no mundo espiritual. O Profeta Joseph F. Smith teve uma visão do mundo espiritual, que foi registrado na seção 138 de Doutrina e Convênios.

Após a ressurreição e o julgamento serão atribuídas as pessoas um nível de exaltação para a qual se prepararam. O nível mais alto de exaltação é o lugar onde as famílias podem ser unidades eternas, e os maridos e mulheres vivem em um estado de união eterna. O Senhor chamou estes herdeiros do reino onde Deus habita como “homens justos aperfeiçoados.” Estes homens e mulheres não eram seres humanos perfeitos. Eles cometeram erros na terra, assim como todos nós. Mas, tentaram amar, e viver os mandamentos de Deus a qualquer custo, eles são aperfeiçoados através da graça de Cristo. Joseph Smith registrou uma visão dos reinos dos céus na seção 76 de Doutrina e Convênios. Ele viu que mesmo a glória do menor dos reinos “excede todo o entendimento”.

O plano da salvação nos ensina que somos seres eternos, aprendendo a se tornar cada vez mais como nosso Criador. Ele testemunha do grande amor de Deus por nós. Compreender o Plano de Salvação pode suavizar o aguilhão da morte e a separação dos entes queridos. Ele nos ensina que o nosso progresso continua após a morte, e que muito daquilo que ocorre serve para curar e equilibrar. O Senhor compreende que a vida sobre a terra é séria e difícil. Muitos de nós chegam à terra com um defeito físico, e outros enfrentam provações tão horrendas que o prova terrena fica comprometida. Outros nunca têm a oportunidade de se aperfeiçoar ou aprender sobre Jesus Cristo. Muitos não conseguem viver de acordo com seus próprios padrões, esperanças e sonhos. Outros não conseguem viver de acordo com os padrões de Deus. A vida após a morte é um lugar onde conhecimento é adquirido, o propósito da vida é entendido. A perspectiva aumentada ajuda os desfavorecidos a obter justiça e misericórdia, não importando quais foram seus desafios terrenos.