Deus é o membro presidente da Deidade Cristã, que é formada por Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. A Bíblia, às vezes, se refere a Deus e Jesus Cristo de forma intercambiável porque são tão unificados em propósito e doutrina que não há diferença entre em suas obras e ensinamentos.

Os Mórmons — apelido dado a membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — usam o termo Divindade, que é encontrado na Bíblia, ao invés de Trindade, que não é. Eles restauraram o conhecimento bíblico dos três membros da Divindade ao invés de adotar as doutrinas escolhidas e aceitas no Concílio de Niceia por muitas outras denominações Cristãs.

Jeffrey R. Holland, um apóstolo moderno, explicou:

“Nossa primeira e mais importante regra de fé na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é: “Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo”. Cremos que essas três pessoas divinas, que constituem uma única Trindade, são unidas em propósito, modo de agir, testemunho e missão. Cremos que estão imbuídos do mesmo sentimento divino de misericórdia e amor, justiça e graça, paciência, perdão, e redenção. Acho correto dizer que cremos que Eles são um em todos os aspectos eternos, significativos e imagináveis, exceto no de que são três pessoas unidas em uma só substância, conceito de Trindade nunca citado nas escrituras porque não é verdadeiro.

De fato, uma fonte de referência muito respeitada, o Harper’s Bible Dictionary, afirma que “a doutrina formal da Trindade, como definida pelos grandes concílios da igreja nos séculos IV e V, não se encontra no [Novo Testamento]”.

Portanto, toda crítica de que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não acredita na visão contemporânea de Deus, Jesus e o Espírito Santo não se refere a nossa dedicação a Cristo, mas, sim, a um reconhecimento — correto, por sinal — de que nossa visão da Trindade difere da que surgiu na história cristã posterior ao Novo Testamento, e retorna à doutrina ensinada pelo próprio Jesus. Assim, um breve relato da história do período subsequente ao Novo Testamento pode ser útil.

No ano 325 d.C., o imperador romano Constantino convocou o Concílio de Nicéia para abordar, entre outras coisas, a questão cada vez mais discutida da suposta “trindade em unidade” de Deus. A conclusão desses inflamados debates entre clérigos, filósofos e dignitários eclesiásticos passou a ser chamada, após 125 anos e mais três concílios importantes, de Credo de Nicéia, tendo havido reformulações posteriores, como no Credo Atanasiano” (O Único Deus Verdadeiro, e Jesus Cristo, a Quem [Ele Enviou], Jeffrey R. Holland do Quórum dos Doze Apóstolos, outubro 2007).

 

Os Mórmons reconhecem que Jesus não ensinou este conceito, repetidamente referindo ao Pai como um ser separado e individual — pedindo a alguém que não o chamasse de bom, porque apenas o Pai era bom, declarando que não veio para fazer sua própria obra, mas a vontade do Pai e orando diretamente para o pai.

Quem é Deus, então, se não é Jesus Cristo?

Jesus nos ensinou que Deus é seu Pai, mas também o Pai de todos nós. Embora Jesus seja o filho unigênito do Pai, todos somos filhos Dele porque Ele criou nossos espíritos antes de nascermos.

Os Mórmons ensinam que Deus é um Pai amoroso. Eles frequentemente se referem a Ele em termos baseados no ideal perfeito de um pai. Ele é amoroso, mas não é permissivo. Deus nos deu mandamentos e espera que os cumpramos. Existem recompensas por obedecer as regras e penalidades por não obedecê-las. Deus nos falou que seremos julgados e que nosso destino final dependeria das escolhas que fizemos nessa vida. Entretanto, mesmo que a justiça exija que sejamos perfeitos, Ele sabia que isso seria impossível, então escolheu um salvador para que pudesse haver um equilíbrio entre justiça e misericórdia. Jesus Cristo é este Salvador. Ele tomou sobre si os nossos pecados e morreu para que pudéssemos arrepender-nos, ser perdoados e vencer a morte para sempre. Quando o Senhor Jesus Cristo se levantou dos mortos, ele fez com que fosse possível a todos nós fazer o mesmo.

Podemos aprender a reconhecer o Deus Cristão estudando as escrituras e orando. As escrituras — que para os Mórmons incluem a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor — nos dá muitos exemplos da interação de Deus com a humanidade. Ao ver como Ele interage com os homens em várias gerações, podemos entender como se sente sobre nós, como nos ensina e como espera que comportemos em relação à Ele e a seus outros filhos.

Podemos também nos achegar a Deus através da oração, que pode ser uma conversa aberta com Ele. Ao abrirmos nossos corações honestamente a Deus e sentarmos reverentemente esperando sentir a influência do Espírito Santo nos guiando, podemos entender melhor quem é Deus e qual é o nosso relacionamento com Ele.