Leitores modernos são geralmente familiarizados com o termo Messias tanto em Hebreu, que literalmente significa Messias, quanto em Grego, que significa Cristo. Ambos os termos significam “Ungido” e podem ser usados geralmente no mesmo sentido, tal como em sacrifício que é ungido antes de ser oferecido, e em um sentido técnico para se referir a alguém que continuará e cumprirá seu papel como Messias.

Geralmente, os Cristãos na era moderna pensam no Messias como uma pessoa distinta, Jesus Cristo, e falam do Messias alguém que já viveu. Essa definição especifica e refinada do Messias tem encorajado os estudiosos Cristãos a olhar para a história de Jesus e falar o que os Judeus do primeiro século esperavam em seu Messias, como se suas expectativas fossem paralelas ao que os Cristãos modernos pensam sobre o Messias. Esse processo frequentemente leva os leitores modernos a falar que os Judeus perderam seu Messias, em parte enfatizando que eles estavam procurando o tipo errado de Messias.

Olhando para o mesmo assunto de uma perspectiva Judaica faz com que cheguemos a conclusões totalmente diferentes. Primeiro, no primeiro século d.C. não há uma clara evidência sobrevivente de que os Judeus pensavam que o Messias era uma pessoa divina: ao contrário, eles pensavam em pessoas como Ciro da Pérsia como um messias que livraria o povo judeu do cativeiro da Babilônia (Daniel 9:25-26). Outras pessoas, que eram ungidas pelo Senhor para libertar Israel podem ser consideradas Messias. Segundo, alguns grupos Judeus como os que escreveram o famoso “Escritos do Mar Morto” esperavam dois messias, cada um com papeis diferentes a cumprir. Um dos papeis de um dos messias da comunidade dos Escritos do Mar Morto era guiar os membros para uma guerra contra a opressão estrangeira, e assim redimir Israel. Finalmente, a subjugação da Judéia e Galiléia, primeiro pelas regras Seleucidas na era pós Alexandre e eventualmente pelos ocupantes Romanos da Terra que o Senhor no último século a.C. enfatizavam a expectativa judaica de que o Senhor enviaria um messias que livraria o povo do Senhor da opressão. Aqueles que esperavam esse libertador parecem estar pensando em alguém como Josué, Ciro, Zerubabel, e mais tarde Simão.

Hoje em dia os Judeus estão divididos com relação ao papel que o messias terá. Alguns, como os Judeus ortodoxos, esperam um futuro messias redentor que ajudará Israel a ganhar novamente sua antiga glória. Outros, como os judeus reformados, vêem aqueles que ajudam os Judeus, tanto nacionalmente quanto individualmente, como messias. Devido a suas contribuições em ajudar os Judeus, esses indivíduos podem ser considerados messias.

Os Cristãos, por outro lado, pensam no retorno do Messias, e eles interpretam este retorno de maneira específica. O retorno do Messias é frequentemente descrito usando termologia apocalíptica e a vinda do Messias iniciará uma era na qual a justiça sobrepujará o domínio opressivo dos reinos do mundo e estabelece um novo reino Messiânico. O Messias retornará a Terra como um Salvador, embora o retorno acontecerá com o Salvador descendo dos céus ao invés de um nascimento, como na primeira vinda. Especificamente, muitos Cristãos esperam um tempo quando o Messias voltará a Terra e aparecerá em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, onde ele partirá o monte ao meio e salvará Israel de seus inimigos (Zacarias 14:1-7).