Por Matt H., membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons), e aluno da Universidade Brigham Young (BYU).
Em qualquer relacionamento entre dois seres, um melhor entendimento dessa relação muda sua dinâmica. Meu relacionamento com Deus não é uma exceção, se eu quiser desenvolver um bom relacionamento com Deus, o Pai, devo vir primeiro para saber quem ele é e como me relaciono com ele.
Ao ler um livro de escrituras, conhecido como o Livro de Moisés, em A Pérola de Grande Valor, fiquei impressionado por três aspectos diferentes sobre minha relação com o Deus, o Pai, que Moisés ensinou e eu tenho ponderado: minha relação como criação do Criador do universo, o meu relacionamento com Deus como seu filho, e meu relacionamento com Deus como um ser imperfeito que sou, todos os quais aumentam a minha proximidade com o Senhor.
Vamos começar com uma observação sobre a vida de Moisés. Sua falta de educação formal cristã durante seus primeiros anos de vida trazem muito significado ao primeiro capítulo do Livro de Moisés. Embora nascido de pais hebreus, Moisés foi criado na corte do Faraó, entre os egípcios provavelmente durante a maior parte de seus anos de vida. Além das diferenças culturais marcadas, os egípcios acreditavam em um conceito muito diferente de divindade. No panteão de deuses egípcios, cada deus tem um poder especial, responsabilidade ou lugar no cosmos (como Ra, o deus do Sol, por exemplo, ou Osíris, o deus dos mortos). Os seres humanos adoravam esses deuses, mas o poder de um relacionamento pessoal que se pode ter com Deus, o Pai, e o Filho não era uma crença comum para o egípcio típico. Tal contribui para a pungência da experiência que Moisés teve com o Pai. No versículo dois, o Pai apresenta-se como “o Senhor Deus Todo-Poderoso”, “Infinito” e “sem princípio de dias ou fim de anos”, estabelecendo assim eficazmente a natureza divina de Seu caráter e o poder que tal afirmação implica. Deus demonstrou o Seu poder para Moisés, proclamando que Ele havia criado mundos incontáveis, sem fim para o homem, e mostrou para Moisés os habitantes desta terra.
Após essa grande visão dos habitantes da terra, e do encontro com Deus, o Pai, Moisés foi deixado sozinho por horas a refletir sobre a relativa insignificância do homem perante as criações do Todo-Poderoso. O Conhecimento da onipotência e onisciência de Deus permite-me respeitar e reverenciar o poder e sabedoria de Deus, o Pai. Em particular, sua inteligência supera a minha própria, eu fiz bem em lembrar que “[Seus] pensamentos não são os [meus] pensamentos e [seus] caminhos não são [meus] caminhos” (Isaías 55:8). É muito mais fácil ter fé em um Ser que conhece e controla (literalmente) tudo. Imediatamente depois de estabelecer sua supremacia sobre toda a criação, o Pai revelou a Moisés a faceta intimamente pessoal da relação que ele compartilha com todos nós: “Eis que tu és o meu filho” (versículo 3). Sem dúvida, esse momento tocou Moisés profundamente. Ele testemunhou por ele mesmo a relação pessoal entre ele e Deus, no contexto de uma cultura pluralista.
Através desse trecho das Escrituras, Deus o Pai revelou como Ele está disposto a nos abençoar com seu Espírito e responder às nossas perguntas. Além disso, Ele revelou que Sua obra e Sua glória é levar a imortalidade ao homem (versículo 39). Conhecer a Deus como um Pai é um componente essencial para o meu entendimento do nosso relacionamento. O termo “pai” implica alguém que ama, respeita, incentiva e promove o crescimento. Essa relação gera fé e confiança, e o mais importante gera o amor como motivação de nossas ações justas.
O último conceito que me impressionou na minha leitura e que eu gostaria de mencionar aqui, trata de nosso relacionamento com Deus como indivíduos imperfeitos. Por causa de nossa natureza, estamos afastados da presença de Deus, o Pai, como certamente foi explicado a Moisés em algum lugar nas proximidades do versículos 8, 27, 35 e/ou 39. O Pai chama o Filho de “a palavra de [seu] poder”, estabelecendo a Jeová como Aquele que realiza a vontade de Deus. Mas nós, também, compartilhamos uma relação especial (embora diferente) com o Salvador, Jesus Cristo, por causa da Expiação. Podemos experimentar a alegria de arrependimento e voltar à presença do Pai por causa do que Jesus fez por nós. Considere a alegria de Lamôni, uma pessoa no Livro de Mórmon (que é um livro de escrituras sagradas que relata o relacionamento de Deus com os antigos habitantes da Américas) que ao saber sobre seu Redentor, tão grande foi sua alegria: ” Ora, isso era o que Amon desejava, porque sabia que o rei Lamôni estava sob o poder de Deus; sabia que o escuro véu da incredulidade lhe estava sendo tirado da mente e que a luz que lhe iluminava a mente, que era a luz da glória de Deus, que era uma luz maravilhosa de sua bondade—sim, essa luz havia-lhe infundido tanta alegria na alma, tendo-se dissipado a nuvem de escuridão, que a luz da vida eterna se lhe havia acendido na alma; sim, sabia que isto havia dominado o corpo natural do rei e que ele fora arrebatado em Deus; “(Livro de Mórmon, Alma 19:6).
Quando Moisés soube da missão do Salvador (também dentro do contexto da Queda, como mencionado acima), não há dúvida de que ele se sentiu, como eu, comovido, sentiu gratidão, humildade e amor pelo Salvador, que Ele desceu abaixo de todas as coisas, para que possamos ser exaltados para a salvação eterna. As preciosas verdades a que Moisés foi exposto durante seu encontro com o Senhor, ou seja, sua relação com Deus como Sua criação, como um filho, e como um ser imperfeito, constituem a essência do nosso relacionamento com Deus, o Pai.
Sem esse conhecimento, eu seria muito mais parecido com Lamôni antes de receber as preciosas verdades do evangelho, estaria perdido, irresponsável, e confuso. Eu estaria falhando em um dos objetivos essenciais da vida, ou seja, no progresso rumo à perfeição e a vida eterna com meu Pai Celestial. Eu respeito e reverêncio ao Pai como meu Criador, pois Ele, que gerou todos os povos da terra, e, como Ele, que enviou o Seu Filho Unigênito ao mundo, para que eu pudesse desfrutar a imortalidade e a vida eterna. Como membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (chamada por amigos de outras religiões, de a “Igreja Mórmon”), o conhecimento dessas verdades cruciais que foram reveladas a Moisés, acrescenta uma profundidade no meu relacionamento com o Pai, que me motiva em minha busca pela imortalidade e aumenta o meu apreço por tudo o que Deus faz por cada um de nós.
Recursos adicionais:
Deus, o Pai, tem um plano para nós. Saiba mais no site oficial de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Visite uma capela local da igreja e aprenda mais sobre o seu relacionamento com Deus.
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