Ele Ressuscitou!
Ao nos aproximarmos da celebração da Páscoa recordamos a vida do Salvador Jesus Cristo, sua expiação, morte e ressurreição ao terceiro dia. A Páscoa nos tempos antigos comemorava a ocasião em que os filhos de Israel foram libertados da escravidão no Egito, enquanto no novo testamento comemora missão cumprida de Cristo e sua vitória sobre a morte.
Uma coisa é acreditar que Jesus Cristo ressuscitou e outra ainda mais necessária é compreender o que isso significa em nossas vidas.
Quinta-Feira, Cristo sofre no Gethsemane
Após a refeição da Páscoa e instituição do Sacramento, Jesus vai ao Jardim do Gethsemane e estando com profundo pesar e tristeza, ora a Deus e inicia sua Expiação, sentindo as dores, pecados e tristezas de toda a humanidade, sofrendo tanto física como espiritualmente.
As escrituras declaram que a dor sentida por Cristo foi tão intensa e tal fardo tão difícil, que o Senhor enviou um Anjo para fortalecer Cristo naquele momento e no limite inimaginável de agonia, seus poros se romperam fazendo-o suar grandes gotas de sangue (Lucas 22:40-43). Sobre isso o Presidente John Taylor declarou:
“De uma forma para nós incompreensível e inexplicável, Ele carregou o peso dos pecados de toda a humanidade; não apenas o de Adão, mas o de sua posteridade.”
Embora tal evento tenha sido o ápice do sofrimento físico e espiritual de Cristo, sua dor e jornada rumo a completa Expiação estava apenas começando.
Sexta-Feira, Cristo pregado na Cruz
Em uma sequência marcada pela traição de Judas Iscariotes, julgamento com inúmeras ilegalidades de acordo com as leis Judaicas e temor de Pilatos de causar uma revolta, Jesus Cristo é condenado a morte na Cruz.
A dolorosa jornada até a Cruz revela palavras ditas por Cristo que por séculos tem sido repetidas e interpretadas:
Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem. (Lucas 23:34)
A afirmação era dirigida não aos Fariseus, que presenciaram sua glória, bondade, autoridade e milagres. Estes sabiam exatamente o que faziam. Cristo rogava a misericórdia divina aos soldados romanos que obedeciam ordens e não possuiam testemunho ou conhecimento qualquer que pregavam e açoitavam o Filho de Deus.
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mateus 27:46)
O Apóstolo Jeffrey R. Holland explicou: “Para que o supremo sacrifício de Seu Filho fosse tão completo quanto foi voluntário e solitário, o Pai retirou de Jesus, por um breve momento, o conforto de Seu Espírito, o apoio de Sua presença pessoal. Era necessário, de fato era primordial, para o significado da Expiação, que esse Jesus, Filho perfeito, que nunca falara nem fizera mal, que não tocara em nada imundo, precisasse saber como o restante da humanidade, nós, se sentiria quando cometesse tais pecados. Para que Sua Expiação fosse infinita e eterna, Ele teve de sentir como era sofrer não somente a morte física, mas também a espiritual, sentir como era ter Seu Espírito divino retirado, deixando-O numa solidão total, abjeta e desesperadora.”
Está Consumado. (João 19:30)
Após sentir o amargo gosto da ausência do Espírito de Deus, Cristo finalmente conclui todas as etapas de sua existência mortal e dá sua missão na mortalidade como encerrada e concluída.
Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito. E havendo dito isto, expirou. (Lucas 23:46)
Cristo entrega a sua vida mortal. Tal versículo relembra o princípio de que Jesus possuia poder sobre a morte. Ninguém tinha o poder de tirar Sua vida, mas apenas ele poderia dá-la. Cristo não morreu por causa do sofrimento intenso no Gethsemane, nem ao ser açoitado e torturado antes e durante a Cruz. Cristo morreu quando voluntariamente decidiu e afirmou entregar sua vida.
Domingo, Ele vive!
No terceiro dia após sua morte, Jesus Cristo deixa a tumba como um ser ressurreto. Espírito e Corpo na forma perfeita se reúnem novamente para jamais se separar. Ao ressuscitar Cristo vence as ligaduras da morte, tornando possível a todos da família humana a esperança de um dia também ressuscitar.
Embora a ressurreição de Jesus Cristo seja um dos elementos mais importantes de toda a história do Cristianismo e do próprio mundo, por mais de dois mil anos críticos tem negado sua realidade e em muitos casos atribuído outros significados para este evento.
Tais pessoas um dia sentirão o profundo pesar de seus pecados, desejarão refazer más escolhas do passado e sentirão o amargo sabor de perder pessoas que amam. Naquele dia, entenderão porque precisam de um Salvador.
Oramos para que o doloroso e solitário sacrifício e ressurreição de Cristo não seja apenas um evento no passado mas uma realidade em nossas vidas aqui e agora. Declaramos ao mundo que Ele nos ama, se importa e vive novamente, e porque Ele vive, nós viveremos. Que tal época jamais seja lembrada por coelhos ou ovos de chocolate mas pela tumba vazia, o amanhecer glorioso e a esperança de redenção para todos nós.
Artigo escrito por Luiz Botelho
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