João o Batista foi nascido de pais dedicados e justos, de descendência sacerdotal em uma pequena vila judia tradicionalmente identificada como Ein Karem, um subúrbio moderno de Jerusalém. Ele teve um papel singular no começo do ministério de Jesus. Cada evangelho provê algumas visões sobre o ministério de João como um profeta, pregador, batizador, e como testemunha no deserto da Judéia a oeste de Jerusalém, culminando com o batismo de Jesus no Rio Jordão. Mais além, cada autor dos Evangelhos enfatiza certos aspectos da vida de João, provendo um contexto para cada testemunho pessoal dos autores sobre Jesus.
João pregou arrependimento e batismo, era afiadamente crítico para com os Fariseus e os Saduceus, profetizando que alguém “mais poderoso que [ele]; cujas alparcas não [era] digno de levar” (Mateus 3:11), e identificou Jesus como o “Cordeiro de Deus” (ver Lucas 1:36). Apenas Lucas, entretanto, proveu detalhes do nascimento e infância de João (ver Lucas 1 e 2).
Eventualmente, Herodes Antipas aprisionou e executou João.
João é algumas vezes identificado como Elias (a forma grega para Elaias que significa precursor), como um que prepara o caminho (ver Malaquias 4:5-6). Alguns dos seguidores de João mais tarde se tornaram discípulos de Jesus, e outros pareceram continuar seguindo João (João 1:35-42; Mateus 11:2-6; Lucas 7:18-23). Após a morte de João, aqueles que não aceitaram Jesus continuaram suas atividades. Paulo pode ter encontrado alguns deles em Éfeso (Atos 19:1-7).
João o Batista simboliza para nós a transição final do Velho Testamento (ou antigo convenio) e o início do Novo Testamento (ou novo convenio). O tempo da Lei e dos Profetas havia passado e o tempo do Messias havia chegado. João o Batista, o ultimo administrador legal do convênio Mosaico, teve um pé em cada dispensação. Não obstante, Jesus declarou: “Ele era uma candeia que ardia e alumiava, e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz” (João 5:35).