Por três anos, Jesus Cristo viveu uma vida pública enquanto servia em Seu ministério. A Bíblia nos dá alguns exemplos dos eventos deste período. O Livro de Mórmon, que os Mórmons consideram sendo a palavra de Deus e um companheiro da Bíblia, possui ainda mais exemplos. Estudando este registro podemos aprender como Deus viveu Sua vida e destas histórias podemos aprender a fazer boas escolhas. Seu breve ministério estabeleceu um padrão para as nossas vidas.
Deus em Primeiro Lugar
Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente (João 5:19)
Enquanto vivia na terra Jesus Cristo possuía uma natureza mortal e imortal, Ele enfrentou muitos dos mesmos desafios que enfrentamos. Todos temos que escolher como gastar o próprio tempo e como tratar o próximo. Seu lado mortal pode ter desejado desperdiçar algumas horas fazendo algo fútil. Ele enfrentou a tentação do diabo antes de iniciar Sua missão e possivelmente muitas vezes depois. A cada vez, Ele colocou de lado seus desejos humanos e focou naquilo que Deus desejava que fizesse. Ele viveu uma vida perfeita, mesmo na infância e na adolescência, sempre sacrificando Seus desejos pessoais e fazendo a vontade de Deus.
Podemos seguir o mesmo padrão. A vida é repletas de escolhas conflitantes em como gastar nosso tempo e energia. Quando conciliamos nossa vontade com a vontade de Deus, tudo parece ocupar o seu devido lugar e mesmo que não seja fácil – a obediência não elimina automaticamente as provações – será uma vida de satisfação que nos livrará das consequências dos pecados mais graves.
Obedecer aos Mandamentos
Jesus acreditava firmemente na importância de obedecermos aos mandamentos. Ele os obedeceu, mesmo quando foi desafiado a viver a Lei de Moisés. Ele foi batizado apesar de não haver necessidade de fazê-Lo, porque não havia pecados. Mesmo sendo perfeito, Ele não se considerou uma exceção a regra. Ele compreendia que o batismo oferecia muito mais do que a remissão dos pecados. É quando fazemos um convenio com Deus – uma promessa entre Deus e o homem – que guardaremos os Seus mandamentos.
Um jovem rico se aproximou de Jesus e lhe perguntou como poderia obter a vida eterna – como chegar aos céus. Jesus prontamente disse-lhe que deveria cumprir os mandamentos. Os mandamentos são essenciais a nossa salvação eterna. Entretanto, o jovem revelou sua natureza quando perguntou qual deles deveria cumprir. Ele estava entre aqueles que se aproximam o máximo do abismo esperando não cair. Ele não amava a Deus o suficiente a ponto de obedecer a todos os mandamentos, por isso ele queria saber quais eram realmente os necessários para chegar ao céu. Ele deve ter ficado aliviado quando Jesus começou a enumerá-los, pois os havia cumprido desde a sua infância – hábitos fáceis de manter. Mas Jesus rapidamente revelou a verdadeira natureza do jovem quando se referiu a um mandamento que requeria um completo sacrifício: ele pediu ao jovem que desse todos os seus bens aos pobres e O seguisse.
Este não era um pedido irracional. Seus apóstolos abandonaram suas vidas mundanas para seguir a Jesus. Ele próprio havia abandonado os bens materiais para seguir a Deus. Mas o jovem não estava disposto a desistir de tudo. Ele amava suas possessões mais do que a Deus e foi embora, disposto a sacrificar a eternidade por alguns anos de riqueza mundana.
Quando seguimos o exemplo de Jesus Cristo, guardamos os mandamentos e não os consideramos um fardo. Sabemos que Deus nos deu os mandamentos para o nosso próprio bem.
Servir ao próximo com Amor e Bondade
O Senhor Jesus Cristo dedicou Sua vida ao serviço do próximo. Desde o impopular pecador que subiu em uma arvore para vê-Lo até o cego que mendigava pelas ruas. Jesus foi igualmente amoroso e bondoso com todos. Ele nunca os julgou por causa de sua condição, nunca os afastou porque eram imperfeitos, e nunca os tratou diferente porque não eram importantes como um rei.
Quando um pedinte cego chamou pelo Seu nome, alguns lhe disseram que se calasse – ele não era digno da atenção de Jesus. Ele, entretanto, parou e o convidou a vir a Ele. Ele o tratou com o mesmo respeito que havia dado a outros e perguntou-lhe o que podia fazer por ele. Quando o homem pediu que sua visão fosse restaurada, Jesus disse-lhe que a sua fé, a fé do mendigo aparentemente sem importância o curara. A visão do homem foi restaurada e aqueles que a testemunharam aprenderam uma grande lição. Alguém que era considerado indigno teve a fé para curar a si mesmo e mereceu o mesmo tratamento respeitoso do Salvador.
Existem alguns em nosso mundo que parecem indignos de nossa atenção e respeito. Quando seguimos o exemplo de Jesus Cristo, não cabe a nós decidir quem é digno de nossa ajuda ou respeito. Simplesmente devemos tratar a todos com respeito e presumir que sejam dignos. Temos a obrigação de ajudá-los.
Quando seguimos o exemplo do Salvador, vivemos uma vida que é plena das bênçãos dos céus – não bênçãos financeiras, mas bênçãos espirituais.