Todo ano quando chega a maravilhosa época de Natal, pensamos nas experiências especiais que tivemos nos Natais passados. Pensamos em tempos bons, passados com a família, em árvores de Natal, belas luzes belas espalhadas na cidade, presentes significativos que demos ou recebemos, de amigos e de dias e noites corridas. Pensamos também em Cristo, nas cenas do primeiro Natal, e em nossas crenças e tradições.
O que é o Natal? A palavra “natal” significa “relativo ao nascimento” ou “dia do aniversário de um nascimento”. Uma definição curta de natal podia ser “nascimento” ou “começo”. Nossa “terra natal” é onde nós começamos a vida. Aonde quer que estejamos, nossa terra natal nunca muda. É claro que o Natal que celebramos tem referência ao nascimento de nosso Salvador, Jesus Cristo. Porém é mais que isso: Natal tem referência a tudo que nosso Salvador fez por nós. Por causa dele, nós podemos começar de novo. Por causa dele, nós nascemos de novo. Isso é o Natal.
Muitas mensagens do passado têm nos ensinado que devemos focalizar no verdadeiro significado do Natal: Jesus Cristo. Mas isso não significa que devemos esquecer dos presentes, das festas, das árvores, e das famílias. Todas essas coisas fazem parte do Natal, e creio que todas também podem fazer parte do “verdadeiro significado” do Natal. Se estamos fazendo essas coisas para celebrarmos de tudo que ganhamos por Cristo, então estamos focalizando em Cristo. Podemos estar com nossas famílias para sempre por causa do Natal. Podemos ser felizes, livres da dor e do pecado, saudáveis, e sem preocupações por causa do Natal. Só temos os presentes e comidas e árvores por causa de Cristo também. Então tudo isso está celebrando o Natal, o nascimento de nosso Redentor.
Mas isso não significa que precisamos das árvores, das luzes, e da comida para termos um Natal feliz. Muitas vezes colocamos sobre nós mesmos a responsabilidade de ter um Natal “perfeito”. Não precisamos de tudo isso para termos um Natal feliz ou um Natal verdadeiro. O Élder Uchtdorf compara o Natal do materialismo como um jogo de blocos:
“Parece, ás vezes, que nossos esforços para ter um Natal perfeito se assemelha a um jogo chamado Jenga — aquele onde os bloquinhos de madeira são empilhados cuidadosamente para formar uma torre. Ao tentarmos aumentar a altura da torre, retiramos um bloquinho de baixo antes de podermos colocá-lo no alto da delicada estrutura.
Cada um dos bloquinhos é um símbolo dos acontecimentos do Natal perfeito que queremos tão desesperadamente viver. Temos uma idéia mental de como tudo deve ser — a árvore perfeita, as luzes perfeitas, os presentes perfeitos e os eventos familiares perfeitos. Podemos até mesmo querer recriar algum momento mágico de que nos lembramos de outros natais, e nada menos que a perfeição servirá.
Mais cedo ou mais tarde, algo desagradável acontece — os bloquinhos de madeira caem, as cortinas pegam fogo, o peru queima, o tamanho da blusa está errada, os brinquedos vêm sem as pilhas, as crianças discutem, a pressão aumenta — e a imagem do Natal perfeito que tínhamos imaginado, a mágica que pretendíamos criar, despedaça-se ao nosso redor. Como resultado, a época do Natal é muitas vezes uma época de estresse, ansiedade, frustração e talvez até de decepção.”
Qual é a solução? Precisamos lembrar do significado de Natal. Natal não é um evento perfeitinho, e não é algo a ser executado com exatidão. O que cria a mágica de Natal é abrir nossos corações para o Salvador e para o amor que nos envolve entre nossos familiares e amigos. É lembrar do “nascimento”- o nascimento do Salvador, o nascimento de nossa vida, o nosso novo nascimento, e o nascimento do amor com entre nós e nossos entes queridos.
“Mas então, se simplesmente estivermos dispostos a abrir o coração e a mente para o espírito do Natal, reconheceremos as coisas maravilhosas que acontecem ao nosso redor e que voltam ou redirecionam a nossa atenção para o que é sublime. Geralmente é algo pequeno — lemos um versículo de escritura, ouvimos uma canção de Natal sagrada e prestamos — talvez pela primeira vez — real atenção à letra ou vemos uma expressão sincera de amor. De uma maneira ou de outra, o Espírito toca o coração e vemos que o Natal, em sua essência, é muito mais resistente e duradouro do que muitas das pequenas coisas da vida que, com freqüência, usamos para enfeitá-lo.”
Oro para que todos nós possamos ter um Natal especial este ano — não um Natal perfeito, não um Natal elaborado, mas um Natal verdadeiro.
Este artigo foi escrito por Payton Jones
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