José Caifás (18-36 D.C.) foi um líder Judeu no primeiro século. Todos os quatro Evangelhos colocam Caifás no centro das interrogações das autoridades judaicas a Jesus e também ao entregar-lhe para Pôncio Pilatos. O que é surpreendente sobre a maneira na qual a história de Caifás é contada pelos autores dos Evangelhos sinópticos, ignoram completamente qual teria sido sua motivação para agir contra Jesus.

Interessantemente, o Evangelho de João provê um vislumbre sobre a motivação de Caifás para impedir e contrariar a crescente popularidade de Jesus: Caifás estava preocupado que mais pessoas seguissem Jesus quando ouvisse sobre o milagre dele com Lazaro (João 11:47-54). Mas durante as cenas do julgameno, é Annas, seu sogro, que dirige os procedimentos, enquanto Caifás espera pacientemente “fora de cena”. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas não incluem o milagre de Lázaro ou os motivos de Caifás. Todos os três acham suficiente relatar a história de um Messias Galileu que viaja para Jerusalém para a páscoa apenas para encontrar os hostis líderes judeus que por fim o condenam a morte. Talvez tais fatos não parecessem necessários para os seus registros sobre o Sacrifício Expiatório.

Fontes Cristãs tem sido unânimes em suas denuncias a Caifás e a seu sogro, Annas, pelos papéis na audição e execução de Jesus de Nazaré. Para alguns o fato mais surpreendente pode ser o fato de que as fontes judaicas também denunciaram os familiares de Caifás e Annas. Muitos estudiosos têm atribuído a Caifás a pratica de permitir que os vendedores entrassem pelos portões do templo que vendiam animais para sacrifício, uma prática que foi diretamente condenada por Jesus. A ação de Jesus de expulsar os comerciantes e vendedores do templo pode ter sido um ato direto contra as práticas de negócios de Caifás no templo.

Uma outra faceta interessante das posses de Caifás é a completa abstinência de conflitos entre o sumo sacerdote e Roma. Josephus relatou que Pilatos cometeu várias atrocidades contra as instituições judaicas, mas ainda assim essas fontes não relatam quaisquer ações ou reações por Caifás. Caifás foi removido de seu ofício no mesmo ano que Pilatos, sugerindo que as posses de Caifás estavam muito próximas ou talvez ligadas às de Pilatos. A história do reino de Caifás é contada como cumplicidade, corrupção, e auto-engradecimento., tanto por fontes Cristãs quanto judaicas.