Todos os quatro evangelhos concordam que Jesus nasceu antes da morte de Herodes, o Grande (morto em 13 de maço de 4 A.C.) e morreu quando Pôncio Pilatos era o governador da Judéia (26-36 D.C.). O desafio encontrado em qualquer reconstrução da vida de Jesus, o tempo de duração quase exato de trinta e quatro anos, é permitir tempo suficiente antes da morte de Herodes para os acontecimentos da infância de Jesus acontecer enquanto ao mesmo tempo ter uma data de falecimento na sexta antes da Páscoa (Mateus, Marcos e Lucas) ou o dia da Páscoa (João).
Historicamente, estudiosos assumiram que os Cristãos assimilaram suas celebrações do nascimento de Cristo ou na celebração do festival de inverno romano de Saturnalia, o dia de natal do sol Invictus (o sol invicto) no solstício de inverno, ou o nascimento do deus ocidental Mithras, cujo aniversário era celebrado no dia 25 de dezembro. Por séculos, estudiosos sugeriram que os pagãos que se converteram ao Cristianismo eram relutantes em deixar para trás suas antigas tradições e práticas e subsequentemente adaptaram ou até mesmo inventaram a data para a celebração do aniversario de Cristo para corresponder com as antigas celebrações pagãs.
As primeiras listas de celebrações Cristãs dadas pelo líderes da Igreja Irineu (130-200 D.C.), Tertuliano (160-225 D.C.) não mencionam a data do nascimento de Cristo, e Origen (185-254 D.C.) desacredita aqueles que colocavam ênfase em calcular a data de nascimento de Cristo. No segundo século, Clemente de Alexandria ( 150-215 D.C.) referiu aos Cristãos Egípcios que celebraram o nascimento de Cristo no fim de maio e outros que eram seguidores dos Basilides que celebraram o nascimento de Jesus no dia 6 de janeiro (Stromateis 1.21).
A tradição de celebrar o nascimento de Jesus em janeiro parece ser bastante antiga. Os Cristãos Ortodoxos Ocidentais tem celebrado a data do batismo de Cristo, chamada de epifane, no dia 6 ou 10 de janeiro desde o primeiro século, e embora a data do Epifane nunca foi realmente disputada, alguns outros Cristãos dos séculos posteriores confundiram a data do Epifane com a data do nascimento de Jesus.
Alguns manuscritos antigos contem leituras erradas em Lucas 3:22 que podem explicar, em partes, a confusão das duas datas. Essa versão de Lucas 3 cita o Pai dizendo a Cristo “És meu Filho amado; neste dia te gerei”, o que indica que alguns dos primeiros Cristãos que era a data do batismo de Jesus (6 ou 10 de janeiro) era também a data do seu nascimento. Essa celebração da data do nascimento de Jesus no início de janeiro e uma celebração de seu nascimento em meados de janeiro têm clamores iguais de ser a primeira data celebrada pelos Cristãos. Por razões desconhecidas, as celebrações de primavera (no hemisfério norte de final de março a final de maio) nunca obtiveram êxito no Cristianismo popular.
A mudança da celebração do nascimento de Jesus de janeiro para 25 de dezembro pode ser traçado apenas após o quarto século D.C. O que forçou a mudança da celebração de janeiro para dezembro é desconhecida atualmente, mas ela se tornou uma prática predominante entre todos os Cristãos, tanto no ocidente quanto no oriente, por volta de 350 D.C. Portanto, as primeiras celebrações do nascimento de Jesus pode ter sido uma celebração de inverno em janeiro – mas quase certo é que não foi originalmente no dia 25 de dezembro.