Na Bíblia, em João 10:10, está registrado as palavras do Salvador quando disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. Pergunte a duas pessoas o que é a definição de vida abundante para elas e verá uma grande variedade de definições, dependendo da situação da sua vida, e mais importante, seu entendimento do evangelho de Jesus Cristo e seus ensinamentos. Para a maior parte do mundo, ter uma boa vida é ter muito dinheiro e poder aproveitar o melhor que o dinheiro pode comprar. Para estas pessoas a vida não passa de uma grande festa. Os seguidores de Jesus Cristo tem uma visão diferente ao serem ensinados que seu comportamento deve ser diferente do que o mundo pensa. Em 1 Pedro 4:2-4 podemos ler:

“Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós”.

Presidente Thomas S. Monson, presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ensinou:

“Medir a bondade da vida pelos seus deleites, prazeres e segurança é aplicar um padrão falso. A abundancia da vida não consiste em um excesso de luxo. Ela não se satisfaz com prazeres de produzidos pelo comércio, ideia de clubes noturnos do que seja diversão, confundindo-a com alegria e felicidade. Ao contrário, obediência à lei, respeito pelo próximo, domínio de si mesmo, alegria no servir – estas coisas constituem a vida abundante” (Thomas S. Monson, Em Busca da Vida Abundante, Ensign, março 1988).

A vida abundante não é quão rico um homem pode ser devido a suas riquezas e posses terrenas, mas é saber quão rico é um homem através de sua fidelidade e obediência ao Senhor Jesus Cristo. Em uma ocasião, o Senhor ensinou: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4). Ele também nos ensinou: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lucas 12:15). Ele usou uma parábola para enfatizar esta verdade importante, registrado em Lucas 12:16-20:

“E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

Ele então continuou, dizendo a seus discípulos: “Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis.
Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que as vestes” (Lucas 12:21-23). Portanto, para viver verdadeiramente uma vida abundante, é preciso permanecer no curso e manter seu foco nos assuntos espirituais e não nas coisas materiais. Alguns podem sentir que a vida devotada a Cristo de acordo com Suas leis e mandamentos pode ser chata, restritiva e improdutiva. Entretanto, vemos que é exatamente o oposto. Ao aplicar a vontade perfeita de Jesus em sua vida, uma pessoa pode eventualmente descobrir que sua vida se tornará mais empolgante, bem sucedida, satisfatória e abundante do que jamais poderia imaginar.

O Presidente Thomas S. Monson, presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em sua mensagem intitulada “Em Busca da Vida Abundante“, publicada em março de 1988, na revista Ensign, comentou individualmente sobre quatro coisas que ele diz constituir a vida abundante: Obediência à lei, Respeito pelo próximo, Domínio de si mesmo e Alegria no servir.

Concernente a “Obediência à lei” ele ensinou:

“Que não ignoremos as leis da terra. Elas não restringem nossa conduta mais do que garantem nossa liberdade, nos fornece proteção e salvaguardam todos que nos são queridos. Em nossa época, quando homens de honra duvidosa burlam a lei, a retorcem e flertam com as violações das leis, quando os crimes ficam impunes, quando as sentenças impostas pelas leis não são cumpridas, e a irresponsabilidade e ilegalidade se elevam muito além das alturas registradas anteriormente, há uma necessidade real de voltar-nos para a justiça básica que a lei provê quando homens honestos as sustentam.

Uma pessoa sábia observou: ‘Leis são regras pela qual o jogo é jogado’. Na verdade, elas são muito mais que isso, pois a obediência às leis é um requerimento essencial se quisermos ter sucesso em nossa busca da vida abundante”.

Referente à “Respeito pelo próximo”, ele ensinou:

“Precisamos aprender a respeitar os outros para compreender a vida abundante. O homem, por natureza, é tentado a buscar apenas sua gloria e não a gloria do seu vizinho ou a gloria do seu Deus. Nenhum de nós vive sozinho – em nossa cidade, nação ou mundo. Não há uma linha divisória entre nossa prosperidade e a pobreza do vizinho. É uma lei imutável que quanto mais você doa, mais você recebe. Você faz se sustenta pelo que recebe, mas ganha uma vida pelo que doa.

A felicidade abunda quando há respeito genuíno pelo nosso próximo. Particularmente para aqueles que não se casaram ainda eu aconselho: Aqueles que se casam com a intenção de criar uma parceria permanente necessitam de certas habilidades e atitudes de mente. Eles precisam ser habilidosos para se adaptar uns aos outros, precisam da capacidade de trabalhar em problemas juntos, necessitam de desejo para dar e receber na busca por harmonia e precisam do mais alto nível de altruísmo – os pensamentos em favor do seu cônjuge tomando lugar do pensamento em si mesmo. Isso é respeito. É parte de nossa busca por uma vida abundante”.

Referente à “Domínio de si mesmo”, ele ensinou:

“No passado Deus criou um computador, construindo-o com cuidado infinito e precisão superior ao dos esforços de todos os cientistas juntos. Usando barro para a estrutura principal, ele instalou dentro dele um sistema para a ingestão contínua de informações de todos os tipos e descrições, pela visão, audição e sentimento, um sistema circulatório para manter todos os canais sempre limpos e operando; um sistema digestivo para preservar sua força e vigor; e um sistema nervoso para manter todas as partes em constante comunicação e coordenação. Ele ultrapassou em muito o melhor e mais moderno computador e foi igualmente morto. Foi equipado para memorizar e calcular e elaborar a equação mais complexa, mas havia algo faltando.

Então Deus “soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).

É por isto que o homem tem poderes que nenhum computador moderno possui ou jamais possuirá. Deus deu vida ao homem e com ela o poder de pensar e raciocinar, de decidir e amar. Com tal poder dado a mim e a você, dominar a si mesmo se torna uma necessidade se quisermos ter vida abundante”.

Referente à “Alegria no servir”, ele ensinou:

“Para encontrar a verdadeira felicidade, devemos procurá-la fora de nós mesmos. Ninguém aprende o significado do que é viver até que tenha deixado seu ego para servir de seus semelhantes. Serviço ao próximo é semelhante ao dever, e o seu cumprimento traz a verdadeira alegria.

Cada um de nós pode ser um líder. Precisamos lembrar que o manto da liderança não é o manto do conforto, mas o manto da responsabilidade. Talvez o nosso serviço seja para com a juventude. Se assim for, eu advirto: “Jovens precisam de menos crítica e mais modelos”. Cem anos a partir de agora não importará que tipo de carro dirigimos, qual tipo de casa em que vivemos, quanto dinheiro tínhamos na conta bancária, nem que roupas usávamos. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque fomos importantes na vida de um menino ou uma menina.

A nossa formação, nossa experiência, nosso conhecimento são ferramentas para ser habilmente utilizadas. Eles têm sido autoadquirida. A nossa consciência, nosso amor e nossa fé são instrumentos delicados e preciosos para guiar nosso destino. Eles foram dados por Deus”.

Cristo prometeu uma vida muito melhor do que qualquer pessoa poderia imaginar. As palavras registradas em 1 Coríntios 2:9 nos relembram esta verdade: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam”. E nas palavras do Apóstolo Paulo: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Efésios 3:20-21).

Recursos Adicionais:

Principais Crenças Mórmons

O Senhor Jesus Cristo no Mormonismo

Jesus Cristo no Mormonismo

A Graça de Jesus Cristo