Deus é o membro presidente da Trindade Cristã, que é formada por Deus, Jesus Cristo e do Espírito Santo. A Bíblia às vezes se refere a Deus e Jesus Cristo intercambiavelmente porque são unificados em propósito e em doutrina e que não há diferença em sua obra e ensinamento.

Os Mórmons — um apelido dado aos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — usam o termo Divindade, que é encontrado na Bíblia, ao invés o termo Trindade.

Eles restauraram o entendimento Bíblico de que há três membros na Deidade, ao invés de adotar a doutrina escolhida e aceita no Concílio de Niceia por muitas outras denominações Cristãs.

Jeffrey R. Holland, um apóstolo de Jesus Cristo, explicou:

“Nossa primeira e mais importante regra de fé na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é: “Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo” (Regras de Fé 1:1). Cremos que essas três pessoas divinas, que constituem uma única Trindade, são unidas em propósito, modo de agir, testemunho e missão. Cremos que estão imbuídos do mesmo sentimento divino de misericórdia e amor, justiça e graça, paciência, perdão, e redenção. Acho correto dizer que cremos que Eles são um em todos os aspectos eternos, significativos e imagináveis, exceto no de que são três pessoas unidas em uma só substância, conceito de Trindade nunca citado nas escrituras porque não é verdadeiro.

De fato, uma fonte de referência muito respeitada, o Harper’s Bible Dictionary, afirma que “a doutrina formal da Trindade, como definida pelos grandes concílios da igreja nos séculos IV e V, não se encontra no [Novo Testamento]”( Paul F. Achtemeier, ed., (1985), p. 1099; grifo do autor.).

Portanto, toda crítica de que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não acredita na visão contemporânea de Deus, Jesus e o Espírito Santo não se refere a nossa dedicação a Cristo, mas, sim, a um reconhecimento — correto, por sinal — de que nossa visão da Trindade difere da que surgiu na história cristã posterior ao Novo Testamento, e retorna à doutrina ensinada pelo próprio Jesus. Assim, um breve relato da história do período subsequente ao Novo Testamento pode ser útil. No ano 325 d.C., o imperador romano Constantino convocou o Concílio de Nicéia para abordar, entre outras coisas, a questão cada vez mais discutida da suposta “trindade em unidade” de Deus. A conclusão desses inflamados debates entre clérigos, filósofos e dignitários eclesiásticos passou a ser chamada, após 125 anos e mais três concílios importantes,(Constantinopla, 381 d.C.; Éfeso, 431 d.C.; Calcedônia, 451 d.C.) de Credo de Nicéia, tendo havido reformulações posteriores, como no Credo Atanasiano” (“O Único Deus Verdadeiro, e Jesus Cristo, a Quem [Ele Enviou]” por Elder Jeffrey R. Holland do Quórum dos Doze Apóstolos, outubro 2007).

Os Mórmons reconhecem que Jesus não ensinou este conceito, referindo ao Pai repetidamente como um indivíduo separado — pedindo alguém que não o chamasse de bom, porque o Pai era bom, declarando que Ele veio não para fazer a sua vontade, mas a do Pai e orando diretamente para Seu Pai.

Quem é Deus então, se não é Jesus Cristo?

Jesus ensinou-nos que Deus é Seu Pai, mas também que é o pai de todos nós. Embora Jesus Cristo seja o filho unigênito do Pai, todos somos filhos de Deus porque Ele criou nossos espíritos antes de nascermos nessa Terra.

Os Mórmons ensinam que Deus é um Pai Celestial amoroso. Eles frequentemente se referem a Ele em termos baseados no ideal de um pai perfeito. Ele é amoroso, mas não é permissivo. Deus nos deu mandamentos e espera que os sigamos. Existem recompensas por obedecer as regas e penalidades pelo seu descumprimento. Ele nos disse que seremos julgados e que nosso destino final depende das escolhas que fazemos em nossas vidas. Entretanto, mesmo que a justiça exija perfeição de nossa parte, Ele sabia que isto seria impossível, então ele providenciou um Salvador para balancear a justiça e a misericórdia. Jesus Cristo é esse Salvador. Ele tomou sobre si os nossos pecados e morreu para que pudéssemos arrepender-nos de nossos erros, ser perdoados e sobrepujar a morte e viver para sempre. Quando o Senhor Jesus Cristo levantou—se dos mortos, Ele fez com que fosse possível ressuscitarmos após a nossa morte e assim levantar novamente um dia.

Podemos aprender a conhecer o Deus Cristão estudando as escrituras e orando. As escrituras — que para os Mórmons são a Bíblia, o Livro de Mórmon: Outro Testamento de Jesus Cristo, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor — nos dá muitos exemplos da interação de Deus com a humanidade. Observando como Ele interage com as pessoas em todas as gerações, podemos entender como Ele se sente sobre nós, como Ele nos ensina e como ele espera que comportemos em relação a Ele e seus outros filhos.

Podemos comunicar com Ele através da oração, que pode ser uma conversa sincera. Ao compartilharmos os sentimentos de nosso coração aberta e honestamente, ao sentar em reverência para receber a influência do Espírito Santo nos guiando, podemos entender melhor quem é Deus e qual o nosso relacionamento com Ele.